31 de ago. de 2013

[TEXTO] Venha ver o pôr-do-sol

Venha Ver o Pôr-do-Sol
(Lygia Fagundes Telles)
   Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.
Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.
   - Minha querida Raquel.
   Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.
   -Vejam que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que ideia! Tive que descer do taxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima
    Ele sorriu entre malicioso e ingênuo.
   - Jamais, não é? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância… Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete-léguas, lembra?
   - Foi para falar sobre isso que você me fez subir até aqui? – perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. – Hem?!
    - Ah, Raquel… – e ele tomou-a pelo braço rindo.
   - Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado…Juro que eu tinha que ver uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então fiz mal?
   - Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz – E que é isso aí? Um cemitério?
   Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.
   - Cemitério abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aí como as criancinhas brincam sem medo – acrescentou, lançando um olhar às crianças rodando na sua ciranda. Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro. Sorriu. – Ricardo e suas idéias. E agora? Qual é o programa?
Brandamente ele a tomou pela cintura.
   - Conheço bem tudo isso, minha gente está enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr do sol mais lindo do mundo.
   Perplexa, ela encarou-o um instante. E vergou a cabeça para trás numa risada.
   - Ver o pôr-do-sol!…Ah, meu Deus… Fabuloso, fabuloso!…Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr do sol num cemitério…
   Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.
   - Raquel minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, como se isso fosse possível. Moro agora numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura…
   - E você acha que eu iria?
   - Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima. Então pensei, se pudéssemos conversar um instante numa rua afastada… – disse ele, aproximando-se mais. Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento – Você fez bem em vir.
   - Quer dizer que o programa… E não podíamos tomar alguma coisa num bar?
   - Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.
   - Mas eu pago.
   - Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.
   Ela olhou em redor. Puxou o braço que ele apertava.
   - Foi um risco enorme Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero ver se alguma das suas fabulosas idéias vai me consertar a vida.
   - Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo. Não tem lugar mais discreto do que um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele, abrindo o portão. Os velhos gonzos gemeram. – Jamais seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.
   - É um risco enorme, já disse. Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.
   - Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem os ossos sobraram, que bobagem. Vem comigo, pode me dar o braço, não tenha medo…
   O mato rasteiro dominava tudo. E, não satisfeito de ter se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrando-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse com a sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando vagarosamente pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma ou outra sepultura com os pálidos medalhões de retratos esmaltados.
   - É imenso, hem? E tão miserável, nunca vi um cemitério mais miserável, é deprimente – exclamou ela atirando a ponta do cigarro na direção de um anjinho de cabeça decepada. – Vamos embora, Ricardo, chega.
   - Ah, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê? Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da tarde, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambiguidade. Estou lhe dando um crepúsculo numa bandeja e você se queixa.
   - Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.
   Delicadamente ele beijou-lhe a mão.
   - Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.
   - É, mas fiz mal. Pode ser muito engraçado, mas não quero me arriscar mais.
   - Ele é tão rico assim?
   - Riquíssimo. Vai me levar agora numa viagem fabulosa até o Oriente. Já ouviu falar no Oriente? Vamos até o Oriente, meu caro…
   Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.
   - Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?
   Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.
   - Sabe Ricardo, acho que você é mesmo tantã… Mas, apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo. Que ano aquele! Palavra que, quando penso, não entendo até hoje como agüentei tanto, imagine um ano.
   - É que você tinha lido A dama das Camélias, ficou assim toda frágil, toda sentimental. E agora? Que romance você está lendo agora. Hem?
   - Nenhum – respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: – A minha querida esposa, eternas saudades – leu em voz baixa. Fez um muxoxo. – Pois sim. Durou pouco essa eternidade.
   Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.
   -Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra mais a menor intervenção dos vivos, a estúpida intervenção dos vivos. Veja- disse, apontando uma sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda -, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas…Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.
   Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.
   - Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me fazer divertir assim – Deu-lhe um rápido beijo na face. – Chega Ricardo, quero ir embora.
   - Mais alguns passos…
   - Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros! – Olhou para trás. – Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.
   - A boa vida te deixou preguiçosa. Que feio – lamentou ele, impelindo-a para frente. – Dobrando esta alameda, fica o jazigo da minha gente, é de lá que se vê o pôr do sol. – E, tomando-a pela cintura: – Sabe, Raquel, andei muitas vezes por aqui de mãos dadas com minha prima. Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai. Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.
   - Sua prima também?
   - Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita, mas tinha uns olhos…Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas…Penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.
   - Vocês se amaram?
   - Ela me amou. Foi a única criatura que… – Fez um gesto. – Enfim não tem importância.
   Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o.
   - Eu gostei de você, Ricardo.
   - E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?
   Um pássaro rompeu o cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.
   - Esfriou, não? Vamos embora.
   - Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.
   Pararam diante de uma capelinha coberta de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina ladeavam um tosco crucifixo de madeira.
   Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombro do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.
   Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.
   - Que triste é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?
   Ele tocou na face da imagem recoberta de poeira. Sorriu melancólico.
   - Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo?
   - Mas já disse que o que eu mais amo neste cemitério é precisamente esse abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.
   Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento.
   - E lá embaixo?
   - Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó- murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada. Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. – A cômoda de pedra. Não é grandiosa?
   Detendo-se no topo da escada, ela inclinou-se mais para ver melhor.
   - Todas estas gavetas estão cheias?
   - Cheias?…- Sorriu. – Só as que têm o retrato e a inscrição, está vendo? Nesta está o retrato da minha mãe, aqui ficou minha mãe- prosseguiu ele, tocando com as pontas dos dedos num medalhão esmaltado, embutido no centro da gaveta.
   Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.
   - Vamos, Ricardo, vamos.
   - Você está com medo?
   - Claro que não, estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!
   Ele não respondeu. Adiantara-se até um dos gavetões na parede oposta e acendeu um fósforo. Inclinou-se para o medalhão frouxamente iluminado:
   - A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato. Foram umas duas semanas antes de morrer… Prendeu os cabelos com uma fita azul e vejo-a se exibir, estou bonita? Estou bonita?…- Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente.- Não, não é que fosse bonita, mas os olhos…Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.
   Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.
   - Que frio que faz aqui. E que escuro, não estou enxergando…
   Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.
   - Pegue, dá para ver muito bem… – Afastou-se para o lado. – Repare nos olhos.
   - Mas estão tão desbotados, mal se vê que é uma moça… – Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente. – Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil oitocentos e falecida
Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel – Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! Seu menti…
   Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.
   - Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso? Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo
rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?
   Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.
   - Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco. – Detesto esse tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!
   - Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta, tem uma frincha na porta. Depois, vai se afastando devagarinho, bem devagarinho. Você terá o pôr do sol mais belo do mundo.
   Ela sacudia a portinhola.
   - Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente!- Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso. – Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra…
   Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque.
   - Boa noite, Raquel.
   - Chega, Ricardo! Você vai me pagar!… – gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.
   - Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos!- exigiu, examinando a fechadura nova em folha. Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.
   - Não, não…
   Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando as duas folhas escancaradas.
   - Boa noite, meu anjo.
   Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.
   - Não…
   Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. No breve silêncio, o som dos pedregulhos se entrechocando úmidos sob seus sapatos. E, de repente, o grito medonho, inumano:
   - NÃO!

   Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.

[DESENHO] Ezio²

   E aí gente! Estou passando para postar o desenho do Ezio novamente, agora com uns retoques no sombreamento, espero que gostem ;)





24 de ago. de 2013

[RESENHA] FILME: Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos

      Bom dia gente! Desculpe por não ter postado nada nessa última semana, estava meio corrido pra mim.
   Semana passada, dia 16 de agosto, teve a pré-estreia do filme Cidade dos Ossos, inspirado no primeiro livro do best-seller Os Instrumentos Mortais, no mesmo dia do lançamento do Percy Jackson e o Mar de Monstros aliás, e sua estreia foi dia 21, essa semana.
   Eu já cheguei a comentar que eu estava lendo a saga de Os Instrumentos Mortais e realmente, estou apaixonada por ela, tanto que eu estava morrendo de vontade de assistir o filme para ver como seriam as modificações, mas infelizmente eu só consegui assistir o filme ontem, e sinceramente? Fiquei muito decepcionada com o final, que é diferente que o do livro, e com os atores escolhidos para interpretar a Izabelle (ela é mais baixa que a Lily Collins- Clary, porém tão bonita como no livro) e o Jace ( interpretado por Jamie Campbell Bower, que deveria retratar o Jace depois do crack -qqqqqqqqq ).
   O filme conta a história de Clarissa Fray, que teve sua vida mudada a partir do momento em que vai à boate Pandemônio junto com seu amigo Simon Lewis e vê um assassinato de um cara bonito por três jovens usando roupas pretas e com tatuagens pelo corpo. O pior de tudo é quando apenas ela viu o que aconteceu e o corpo do jovem morto desapareceu.
   Clary volta para casa preocupada com o que aconteceu e dorme. No dia seguinte seu quarto está cheio de folhas com um mesmo símbolo, que supostamente ela desenhou enquanto dormia.
   Tensa com a situação, ela marca sai com Simon para sair e lhe mostra algumas folhas com a imagem, só que ela acaba encontrando Jace, o assassino daquela noite.
   Depois de conversar com ele, Clary descobre que não é uma mundana, e sim uma Shadowhunter. Enquanto isso, sua mãe foi sequestrada por capangas de Valentim, e Clary tem que fazer de tudo para ir atrás dela.
  O cenário, as roupas e os efeitos dão ao filme vida, bem esperado ao que visto no livro, ainda mais no romance entre Clary e Jace, e o beijo dos dois na noite do aniversário de Clary, eu achei perfeito.
   Como eu disse, só o final não me agradou muito em relação ao final do livro, mas não deixa de ser muito bom, eu assistiria de novo, recomendo o filme e também o livro.
   Vou tentar fazer a resenha o filme do Mar de Monstros caso eu consiga assistir o filme, então até a próxima.



17 de ago. de 2013

[DESENHO] Alone Angel

    Como vocês já puderam perceber eu vou estar postando desenhos e pinturas aqui no blog, quem quiser ter seus desenhos postados aqui também é só mandar o link da imagem ;3
   Bem, fiz essa pintura com lápis da Fabber Castell.
Alone Angel in the lake - By: Viih Mota

16 de ago. de 2013

[DESENHO] Ninfa d'Água

Ninfa na cachoeira By: Viih Mota - 18/07/2013

[TUTORIAL] Técnicas para sombrear desenhos



   Eu sei que já postei uma matéria sobre sombreamento, mas eu realmente acho importante estar postando de novo pois tanto eu quanto outros desenhistas que ainda estão iniciando, tendem a ter uma certa dificuldade no sombreado. Com base nisso eu busquei outro tutorial de como se deve sombrear.


  Nesse post explicarei várias técnicas diferentes em como sombrear. O sombreado próprio é importante no desenho realisticamente. As boas texturas de sombreado e o fluxo tonal podem acrescentar muito a um desenho.
  • Sombreamento Misto - um método de sombreamento popular entre os artistas do lápis. A grafite é um meio maravilhoso porque é muito trabalhável. Você pode escolher a grafite e depois misturá-la com praticamente qualquer coisa. Este método de sombreamento consiste apenas em alguns rabiscos de grafite sobre papel. Agora, a grafite é mista. Tive bons resultados usando tecidos faciais regulares. Embora você possa misturar com qualquer coisa. Brinque com diferentes materiais para criar texturas de tonalidades diferentes. Os tecidos faciais tem um rendimento muito bom para o sombreamento, ideal para uma pele impecável.

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exemplo de sombreado misto

  • Circulismo - este é um método de sombreamento muito popular entre os artistas. A idéia é desenhar círculos muito pequenos que se sobrepõem e se entrelaçam. Acumular o tom até pode ser entediante, mas os resultados valem a pena. Este é um grande método de sombreamento para dar uma textura de pele realista. Use um toque leve para acumular o tom.

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exemplo de circulismo sombreado
  • Circulismo Misto - A grafite é rabiscada no papel assim como no método anterior. Usando um toco de mistura, o grafite é misturada em pequenos movimentos circulares. Este método de sombreamento também é ótimo para as texturas da pele.

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exemplo de circulismo misto sombreado

  • Negro Escuro - muitas pessoas têm dificuldade para obter um preto escuro. Honestamente, negro não é realmente uma opção com grafite. Se você quiser que negros escuros, tente usar o carvão vegetal. Para um tom escuro com grafite, pegue um lápis 7B AFIADO. Pressionando bastante e usando a técnica circulismo, aplique o grafite ao papel. Quando você está lidando com tons escuros e grafite, resultará num brilho. Isso acontece porque o dente do papel absorve o grafite de forma rápida e existem camadas extras na parte superior esquerda. Intensidade / Brilho é uma realidade quando se trabalha com grafite. Uma maneira de diminuir o brilho é pulverizar seu desenho com um fixador quando ele for concluído. Além disso, lembre-se que se estiver elaborando o desenho, o brilho será diminuído, uma vez que está por trás do vidro.

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exemplo de sombreado negro
  • Sombreado Solto - se você já desenhou qualquer coisa antes, você provavelmente já utilizou este método de sombreamento. É simples, mas eficaz. Eu acho que é muito artístico também. A idéia básica é de um sombreado para sobrepor linhas. Comece por desenhar um conjunto de linhas diagonais ao lado da outra. Em seguida, gire o desenho em 90 graus e desenhe um outro jogo de linhas diagonais que se sobrepõem o primeiro jogo. Isto pode ter repetido inúmeras vezes para construir o tom. O sombreado pode ser tão apertado ou solto como você quer que seja.

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exemplo de sombreado solto
  • Sombreado Apertado - usando as idéias de sombreado solto, este método de sombreamento leva um pouco mais longe. A tonalidade é construída através de repetição e um toque suave. Este método de sombreamento funciona muito bem para as peles dos animais que eu encontrei. Não é perfeito e alguns dentes de papel irá mostrar completamente.

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exemplo de sombreado apertado 
  • Sombreamento com Lápis Colorido - lápis de cor pode ser frustrante para trabalhar. Eu lutei com eles por um tempo até que eu tentei sombreamento com circulismo. Ele ajudou a trabalhar muito com lápis colorido.

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exemplo de sombreado com lápis colorido
  • Sombreamento com Pastéis - o sombreado é bastante fácil com pastéis. Uma vez que eles são um tanto suaves, misturá-los não é de todo um problema. Rabisque algum pigmento pastel sobre o papel. Usando uma Q-Ponta (ou intra como algumas pessoas chamam) mancha o pigmento no papel.

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exemplo de sombreamento com pastel 
   Obrigada por visitar este tutorial de sombreamento. Eu espero que você tenha aprendido alguma coisa que você possa aplicar em seus desenhos e qualquer dúvida, crítica ou sugestão é só comentar ou contatar o blog.

   Até o próximo post.


Fonte: http://www.dueysdraw...g_tutorial.html

11 de ago. de 2013

Edward Elric - FMA (COSPLAY)

   Edward Elric é o protagonista do mangá Fullmetal Alchemist, junto com seu irmão Alphonse Elric.
   No começo do mês eu fiz o cosplay do Ed, então vim passar pra vocês as coisas que vocês vão precisar para fazer.



1º - A capa:
   É simples, resumindo é um manto vermelho, que vá até o joelho ou até o chão, se você preferir, com um capuz e um símbolo atrás, que você pode comprar pela internet ou pedir pra uma costureira fazer. Pedir emprestado a um amigo caridoso também ajuda bastante nessas horas xD

2º - A roupa:
   A roupa é formada por uma regata simples totalmente preta, uma calça de couro preta e um ''colete'' preto de mangas longas com bordas brancas e um feixe metalizado.
   A calça pode ser facilmente encontrada em lojas de roupas, caso você não queria pagar uns R$100 em numa calça de couro verdadeira, compre uma que imite bem o couro, que deve sair por R$30. A regata também vende-se em lojas (avá) por no máximo R$25.
   O colete, faça com uma costureira, ou faça você mesmo, caso queira economizar dinheiro, é simples: pegue uma cacharrel preta (custa uns R$20) e compre 1 metro de tecido branco (acho exagero, mas caso dê algo errado... vai custar uns R$6) . Corte a parte da frente da cacharrel tomando cuidado para que fique igual os lados, e depois borde o tecido branco em todos os extremos dela, inclusive nas mangas ( não é tão dificil assim gente).
   O detalhe metalizado que une as duas partes da frente pode ser feita com pedaço de couro pintado de prateado e duas tachinhas para enfeitar e ser pregada no colete um dos lados com maquina e do outro, colocar um feixe de sutiã (encontrado em papelarias por no máx. R$1) para poder abrir e fechar o colete.

3º- Luva e Cinto:
    Não tem segredo, é só um par de luvas brancas ;3 - deve custar no máximo R$10- e um cinto masculino marrom escuro com fivela retangular ( paguei R$18 no meu pechinchando)

4º - Peruca:
    Bem, peruca, você tem saber onde comprar e que modelo comprar, se não seu cosplay pode ficar estranho.
    O cabelo do edward é um loiro escuro, bem amarelado, então tem que tomar cuidado com o tom que você vai escolher, e o comprimento da peruca também, afinal o ed tem um cabelo um pouco abaixo do ombro, fazendo a trança.
   Perucas que já vem esilizadas costumam ser mais caras, então recomendo que você compre uma normal e faça você mesmo a trança ( não é um bicho de sete cabeças né? u-u ) e erga um pouco de fios da franja com pomada de cabelo ou amarre uma xuxinha da cor da peruca (como eu fiz) e depois é só amarrar a trança com uma xuxinha vermelha amarronzada.

    A peruca vai variar o preço dependendo de qual lojinha você comprar ( eu comprei na Jacks Perucas uma por R$60 e depois estilizei ela - cortei e fiz a trança ) 

5º- Automail: 
   Para o post não ficar muuuito longo, eu vou postar o tutorial do automail em outro post e vou deixar o link aqui pra vocês: Tutorial Automail
   Esse vai ser a parte mais difícil do cosplay caso você queira fazê-lo. Eu só fiz a mão porque eu não estava disposta a sair pelo evento mostrando meu belo corpinho com o automail u-u.


6º- Bota:
   A bota do Ed pode ser feita com uma bota normal que você apenas coloque as fivelas e pinte a sola de vermelho ou cole uma fita vermelha, ou também pode ser feita com coturno, que eu acho que fica melhor.

   Não se esqueçam, o cosplay não precisa ficar perfeito, o importante é se divertir ;D Bem, espero ter ajudado vocês a fazer o cosplay, e qualquer dúvida, crítica ou sugestão é só comentar ou me contatar. 
   Até o próximo post e boa diversão.

Automail do Edward Elric (TUTORIAL)



Esse tutorial foi retirado de http://www.amethyst-angel.com/ e todos os padrões podem ser conseguidos em http://www.amethyst-angel.com/automailpattern .


Eu sabia que experimentar fazer essa armadura seria um desafio. O fato de que eu tinha conseguido encontrar um padrão de trabalho decente e um conjunto de notas sobre a construção de um braço automail publicado pela CosMode em bakachan.com (agora jan.chan.com) foi de grande ajuda para mim. Fiz um conjunto de automail usando essas anotações. Eu, então, comecei a fazer uma segunda versão com o mesmo padrão (ajustando-o um pouco para fazê-la parecer mais próxima das fotos de referência de personagem, e utilizando toda a sabedoria que eu tinha conseguido ao fazer o primeiro braço.) Eu também fui tirando fotos conforme aumentava o progresso do trabalho e de alguma forma conseguiu coloca a coisa toda junta em (no que espero que tenha ficado) um claro e coerente tutorial.

Como o tuto é muuiiito longo, eu decidi dividir ele, clique em LEIA MAIS abaixo para ler o resto ;3

Ezio Auditore (DESENHOS)

 BEEM, EU VOU COMEÇAR A POSTAR DESENHOS QUE EU FIZ AQUI PRA COMPARTILHAR COM VOCÊS ;3 ESPERO QUE GOSTEM.
Ezio Auditore - Assassin's Creed By: Viih Mota

Mudança


   Nenhuma mudança é fácil pra ninguém, até mesmo pra mim, que já me mudei milhares de vezes.
   A diferença é que das outras vezes eu era criança e não tinha laços tão fortes com outras pessoas, com as mesmas que me tiraram da depressão.
   Há mais ou menos 2 meses atrás eu me mudei para Mirassol, uma cidadezinha vizinha à que eu morava.
  Rio Preto, bem, foi onde eu ganhei minha identidade, por assim dizer, conheci pessoas amáveis, falsas, engraçadas e até algumas que fizeram eu me apaixonar, mas isso não vem ao caso agora.
   Como em toda mudança de cidade, eu obviamente também tive de mudar de escola. A princípio não gostei, cheguei até a ficar doente a cada dia que eu ficava lá. A distância de meus amigos estava me matando, ainda mais pelo fato de que eu não podia nem sequer conversar com eles por internet, pois eu estava de castigo.
    Eu não conseguia mais ficar isolada assim, então decidi voltar a treinar Judô.
   Todos os dias eu vou para Rio Preto para treinar e reencontrar alguns de meus amigos, e isso está me fazendo maravilhas kkk. Bem, eu já treinava judô quando eu tinha uns 11 anos, mas eu parei, e fiquei uns 3 anos sem sequer tocar no assunto. Com essa volta na adolescência, está ajudando na minha formação mental e física, já que eu emagreci quase 8Kg.
   Depois de muito choro e de me lamentar sobre não poder mais sair por causa do castigo e nem poder conversar direito com meus amigos do meu antigo colégio, percebi que isso era inevitável de qualquer forma. Iria acontecer mais cedo ou mais tarde, as pessoas se distanciam de você para outras entrarem em sua vida, porém eu nunca me esqueci dos momentos em que eu passei com eles e nunca me esquecerei, pois foram eles que me apoiaram nos momentos difíceis e ajudaram a montar a base da pessoa em que eu me tornei.
   Comecei a me enturmar na minha nova escola, apesar de saber que eu só vou ficar lá apenas esse ano.
   Eu encontrei novos motivos para rir e novas pessoas para compartilhar isso, quem sabe futuramente, até alguém ''mais especial'' ainda?!
   A vida muda tão rápido pra quem ainda não viveu quase nada, né?